quinta-feira, 18 de maio de 2023

Deltan Dallagnol - Mandato de Deputado Federal foi cassado

Deltan Dallagnol - Mandato de Deputado Federal foi cassado

Deltan Dallagnol é um advogado brasileiro e ex-procurador que ganhou destaque por seu papel como o principal promotor na investigação Operação Lava Jato no Brasil. A Operação Lava Jato foi uma enorme investigação anticorrupção que começou em 2014 e revelou uma corrupção generalizada envolvendo políticos, funcionários do governo e executivos de empresas.

Dallagnol nasceu em 19 de agosto de 1980, no Paraná, Brasil. Ele estudou direito na Universidade Federal do Paraná e posteriormente obteve um mestrado em direito na Faculdade de Direito de Harvard, nos Estados Unidos. Em 2003, ele ingressou no Ministério Público Federal no Brasil.

Como parte da Operação Lava Jato, Dallagnol desempenhou um papel fundamental na acusação de casos de alto perfil envolvendo corrupção, lavagem de dinheiro e suborno. A investigação expôs uma vasta rede de corrupção dentro do governo brasileiro e da empresa estatal de petróleo Petrobras, levando à condenação de vários políticos e líderes empresariais.

Dallagnol ficou conhecido por seus discursos públicos eloquentes, nos quais enfatizava a importância de combater a corrupção e defender a transparência no Brasil. No entanto, seus métodos e ações durante a investigação também receberam críticas. Alguns o acusaram de ultrapassar os limites legais e de se envolver em ativismo político. Além disso, conversas vazadas entre Dallagnol e outros membros da força-tarefa levantaram questões sobre sua imparcialidade e sobre a ética de suas ações.

Em 2019, Dallagnol deixou o cargo de promotor principal na força-tarefa da Operação Lava Jato para se concentrar em sua carreira acadêmica e palestras públicas. Desde então, ele está envolvido no ensino e na realização de palestras sobre temas como corrupção, ética e direito penal.

Deltan Dallagnol - Mandate of Federal Deputy was annulled

Deltan Dallagnol is a Brazilian lawyer and former prosecutor who gained prominence for his role as the lead prosecutor in the Operation Car Wash (Operação Lava Jato) investigation in Brazil. Operation Car Wash was a massive anti-corruption investigation that began in 2014 and uncovered widespread corruption involving politicians, government officials, and business executives.

Dallagnol was born on August 19, 1980, in Paraná, Brazil. He studied law at the Federal University of Paraná and later obtained a master's degree in law from Harvard Law School in the United States. In 2003, he joined the Federal Public Prosecutor's Office in Brazil.

As part of Operation Car Wash, Dallagnol played a key role in the prosecution of high-profile cases involving corruption, money laundering, and bribery. The investigation exposed a vast network of corruption within the Brazilian government and the state-run oil company Petrobras, leading to the conviction of numerous politicians and business leaders.

Dallagnol became known for his eloquent public speeches, where he emphasized the importance of combating corruption and advocating for transparency in Brazil. However, his methods and actions during the investigation also drew criticism. Some accused him of overstepping legal boundaries and engaging in political activism. Additionally, leaked conversations between Dallagnol and other members of the task force raised questions about their impartiality and the ethics of their actions.

In 2019, Dallagnol stepped down as the lead prosecutor in the Operation Car Wash task force to focus on his academic career and public speaking engagements. Since then, he has been involved in teaching and giving lectures on topics such as corruption, ethics, and criminal law.

Mandato de Deputado Federal foi cassado

O deputado federal Deltan Dallagnol, do Podemos-PR, teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por unanimidade, com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão foi resultado de uma ação apresentada pela Federação Brasil da Esperança e pelo PMN, que acusaram Dallagnol de tentar contornar a Lei de Inelegibilidade e a Lei da Ficha Limpa ao deixar o Ministério Público Federal (MPF) enquanto ainda enfrentava procedimentos disciplinares em andamento. Agora, como ficha suja, Dallagnol pode recorrer. A cassação entrou em vigor imediatamente após a decisão do TSE. Dallagnol, conhecido por seu papel na Operação Lava Jato, foi acusado de cometer fraudes processuais para condenar e prender o ex-presidente Lula, supostamente com o objetivo de favorecer a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT, ironizou a situação, mencionando que Dallagnol agora tem seu próprio "power point" e que ele também enfrenta processos administrativos pendentes como procurador, além de ter sido condenado pelo TCU por gastos indevidos na Lava Jato.

Os partidos recorreram ao TSE contestando a decisão do TRE-PR que rejeitou as ações contra Dallagnol com base na manifestação do MPE. No recurso, os autores reafirmaram que Dallagnol deixou o cargo de procurador enquanto enfrentava 15 procedimentos administrativos, que poderiam resultar em inelegibilidade, demissão ou aposentadoria compulsória. As irregularidades investigadas incluem grampos ilegais, improbidade administrativa e uma investigação secreta sobre movimentações financeiras de ministros do STJ. Os partidos também argumentaram que Dallagnol foi condenado pelo TCU por despesas com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato.

O ministro Benedito Gonçalves, relator do processo, deferiu o recurso e foi seguido por todo o plenário, resultando na cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol por unanimidade. O magistrado destacou que o pedido de exoneração tinha a clara intenção de contornar a inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa e na Lei da Inelegibilidade. A decisão do tribunal estabeleceu que a candidatura política não é permitida para aqueles que deixam o Judiciário ou o Ministério Público para evitar penalidades. O senador Humberto Costa, do PT-PE, também comentou a decisão, destacando que Dallagnol tentou burlar a Lei da Ficha Limpa ao solicitar exoneração enquanto enfrentava um processo disciplinar que poderia torná-lo inelegível.

A Lei da Ficha Limpa, que surgiu de uma mobilização popular, recebeu apoio de todos os partidos quando chegou ao Congresso. Foi sancionada sem vetos por Lula em 4 de junho de 2010. Uma emenda proposta pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, serviu como base para a decisão do TSE de indeferir o registro de candidatura de Dallagnol e, consequentemente, cassar seu mandato parlamentar. Em 2010, quando era deputado federal pelo PCdoB do Maranhão, Dino propôs a inclusão na Lei da Ficha Limpa da inelegibilidade de magistrados e membros do Ministério Público que se exoneraram ou se aposentaram durante um processo administrativo disciplinar pendente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Biografando Vidas - Donald Trump

Biografando Vidas - Donald Trump @biografandovidas Vídeo interessante do TikTok! ♬ ...