10. Controvérsias, Críticas e Investigações
Apesar de sua forte base de apoio, Damares Alves tem sido alvo de polêmicas e críticas desde sua entrada na vida pública, especialmente durante e após sua passagem pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Entre as principais controvérsias estão:
- Declarações religiosas em eventos oficiais, como quando afirmou que “o Brasil está iniciando uma nova era, e agora meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, o que gerou intensa repercussão nas redes e na imprensa;
- Declarações sobre abuso sexual e tráfico de crianças, incluindo a polêmica fala sobre crianças da Ilha de Marajó sendo vítimas de turismo sexual, o que levou a questionamentos sobre a veracidade das informações e a abertura de inquérito no Ministério Público Federal;
- Acusações de omissão e má gestão em políticas de direitos humanos, especialmente no tratamento de povos indígenas e da população LGBTQIA+;
- Associação com lideranças religiosas acusadas de práticas abusivas, o que levou a críticas de setores progressistas e movimentos sociais.
Em 2022, após deixar o ministério e assumir uma postura mais incisiva no Senado, Damares voltou aos noticiários por vídeos em que alegava ter acesso a dossiês sobre abusos contra crianças. As declarações levantaram preocupações e foram alvo de pedidos de esclarecimento por parte de órgãos de controle e da imprensa. O MPF chegou a abrir uma apuração preliminar, que até o momento não resultou em denúncia formal contra a senadora.
Seus opositores frequentemente a acusam de manipular temas sensíveis com interesses políticos e eleitorais. Já seus defensores afirmam que ela apenas traz à tona realidades ignoradas pela grande mídia e pelas elites intelectuais.
Apesar das controvérsias, Damares tem conseguido manter sua imagem pública entre os apoiadores, especialmente pela forma como se posiciona com firmeza e fé diante das críticas, fortalecendo seu discurso de “mulher cristã perseguida por defender valores bíblicos”.